Armações Baleeiras
História de Búzios ilustrada
Alan Camara Art
Búzios, Armação baleeira
Minha imaginação foi até século 18, quando não havia câmeras fotográficas para registrar a Armação Baleeira instalada na Praia da Armação – daí o nome da praia e da cidade: Armação dos Búzios.
No alto, a jovem Igreja de Sant’Anna, construída naquele mesmo século, em 1740 pelo contratador português Brás de Pina. Nessa época, segundo relato de Toninho Português, a igreja ainda não tinha a torre do sino, que só foi acrescentado 220 anos depois.
Búzios era uma das principais Armações Baleeiras do Império. O óleo, extraído da pele da baleia, iluminava a Armação (Armazém, engenho, casebres e senzala) e também era transportado para o Rio de Janeiro.
Os escravos, como mostra o desenho, carregava nas costas, da água até o engenho/armazém, a gordura da pele da baleia: cada baleia rendia uma média de 12 pipas (barris) de óleo. No engenho a gordura era cozida numa caldeira, semelhante ao engenho da cana de açúcar, mas em menor escala.
Na ilustração procurei descrever a cena e o contexto: o feitor, sempre armado; os escravos, que trabalhavam durante um dia inteiro debaixo de sol quente; as baleias mortas que deixavam seu sangue em toda extensão da praia; os casebres que ficavam no entorno da armação e a bucólica capela de Sant’Anna, imponente e bela.