Você sabia que existem APENAS TRÊS mangues de pedra em todo mundo, um no Japão, um no Recife e um em Búzios na Praia da Gorda, no bairro da Rasa.
O diferencial desse ecossistema são as árvores de mangue, onde temos a espécie de mangue preto e de mangue branco, fato que torna esse ecossistema único. Diferente de um “mangue tradicional” o Mangue de Pedras possui rochas vulcânicas provenientes do movimento realizado pela placa tectônica cerca de 500 milhões de anos atrás.
Durante a maré baixa pode-se observar melhor o ambiente, as microvidas que residem no local e que dependem do movimento desse movimento marítimo natural, tal força da natureza traz e levam nutrientes que servem de alimento para as espécies de peixes e tartarugas que vivem próximas a região. O mangue de pedras é um local que precisa ser protegido devido a ser um ecossistema muito sensível e de extrema raridade.
Um ecossistema sensível
O sensível ecossistema que se desenvolve sobre o substrato rochoso e sem presença de rios para suprimento da água doce. Como outros manguezais, ocorre em área sujeita às marés.
A água doce que abastece o mangue vem do subterrâneo (aquífero Mangue de Pedra), proveniente da infiltração das chuvas na área da Praia da Rasa e do arpoador de lá. Este lençol d’água flui pelos cascalhos, areias e lamas que vemos nas encostas. Quando ele é cortado pela superfície do terreno ocorrem as nascentes. No caso do Mangue de Pedra, da Praia Gorda, foram identificadas duas situações: nascentes na encosta e descarga de água doce na base da praia. Por isso, evitar a poluição da água subterrânea, o desmatamento e a ocupação dessas áreas tornam-se crucial para a conservação do Mangue de Pedra.
Quase extinção do Mangue de pedras
Mas nem por toda sua beleza e raridade ele ficou livre de quase ter sido extinto.
Em 2012 o governo municipal da época aprovou a construção de um condomínio no local que teria 221 casas em cinco blocos. O que desobedecia ao plano anterior da cidade que prevê apenas a ocupação de apenas 5%, cerca de 8 casas. Além de que a construção das casas na encosta do morro provocaria desmatamento, sem falar da perfuração de poços artesianos para coleta de água, que poderia prejudicar a chegada de água doce até a praia, componente vital para a manutenção do mangue de pedra.
Na época houve um grande movimento por parte dos moradores de Búzios para proteger o mangue de pedras.
Após intensa pressão popular e denúncias ao Ministério Público, em julho de 2012 a justiça de Búzios deu liminar suspendendo as obras do empreendimento.
Hoje a prefeitura de Búzios segue com medidas rígidas para evitar novas aberrações ambientais como essas no município. No entanto o perigo da especulação imobiliária está sempre à espreita. Ainda hoje, além da invasão para comercialização, muitas pessoas também insistem em invadir o espaço para habitação.
Diante deste cenário delicado, a prefeitura da cidade mantém uma batalha constante para manter a sua preservação.
Atualmente, são realizadas rondas no local e a população pode denunciar possíveis invasões através do e-mail meioambiente@buzios.rj.gov.br ou pelo telefone (22) 2623-0196.
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